A partir da década de 1960, começaram a surgir nas festas carnavalescas do Vale do Paraíba as influências das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. O fato fez com que as cidades vale paraibanas perdessem a autenticidade de local e a alegria das festas carnavalescas espontâneas, passando a obedecer a regras e competições impostas pelos carnavais oficiais, determinados pelas Prefeituras locais, enquanto o povo, de participante passou a expectador dos desfiles. Os antigos blocos foram sendo engolidos pelas novas estruturas, transformados em blocos oficiais e competidores, ou fragmentados em pequenos grupos, sem a liberdade de brincar dos antigos ranchos e sociedades carnavalescas. Os desfiles passaram a ter local e horário pré-determinados, análise e notas de cada item de sua apresentação, aumentando assim a preocupação e a responsabilidade dos participantes perante a Comissão Julgadora.
Paralelamente, a formação das Escolas de Samba deu início a uma nova fase das festas carnavalescas, revelando compositores, cantores, artistas, artesãos e autores de enredos, alegorias, fantasias, músicas, baterias, passistas, evoluções, mestres-salas e portas-bandeiras, que merecem um estudo e uma análise sociológica de interesse para o conhecimento das festas carnavalescas na região do Vale do Paraíba.
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